Existe um Código de Ética do Tarot, cuja versão original foi apresentada no 2° Congresso de Tarot, realizado em Barcelona (Espanha), no dia 9 de março de 2013. A versão em português foi autorizada pela organização do congresso em fevereiro de 2015.
Segue um resumo:
Em qualquer área de nossa vida devemos ser éticos, e no Tarot não é diferente. Embora nossa profissão não seja regulamentada, temos um conjunto de princípios morais que seguimos para melhor desempenhar nossa função.
Indicamos opções para o consulente, mas a decisão final é do consulente. Lembre-se que as cartas orientam, mas não determinam. Somente a decisão do consulente pode mudar seu próprio futuro.
Não julgamos o consulente em hipótese alguma. Não sabemos suas razões e não somos melhores ou piores que ninguém.
Devemos tentar ajudar o consulente a enfrentar e solucionar seus problemas. Não existem cartas “boas” ou “más”, elas apenas refletem estados interiores. Temos sempre que dar esperança e ajudar ao consulente a ver o lado positivo de cada situação.
Tudo o que é dito pelo consulente ou pelas cartas é confidencial. Em hipótese alguma devemos comentar, com quem quer que seja, a situação de um cliente. Em uma analogia, atuamos como um confessionário.
Devemos ajudar nosso cliente a fazer as perguntas da forma mais clara possível, lembrando que o Tarot é um Oráculo, e quanto mais concreta a pergunta, maior as chances de se obter a resposta.
Graças ao Tarot podemos identificar os fatores que afetam o destino do consulente, ou seja, as lições que ele precisa realizar ao longo de sua vida. O futuro é consequência de nossos atos. O Tarot nos ajuda a compreender nosso presente, para criarmos nosso próprio futuro.
O Tarot marca eventos e não datas. Podemos tentar interpretar uma data aproximada, mas também temos que alertar nosso consulente que os acontecimentos dependem das suas ações, tanto para aproximar, quanto para afastar as situações mostradas.
O Tarot não foi criado para responder a perguntas como: “Vou ganhar na loteria? ”, “Quando morrerá tal pessoa? ”, “ Quantos anos viverei? ”. Ele é, antes, uma ferramenta que permite vislumbrar novas e diferentes possibilidades.
A primeira motivação do tarólogo deve ser a de prestar um serviço de ajuda através do Tarot e não usá-lo prioritariamente como forma de ganhar dinheiro. Ainda assim, é lícito termos uma retribuição pelas consultas, pois investimos nosso tempo, estudos, preparação e materiais.
Nas perguntas sobre relacionamentos afetivos, em vez de falar sobre traições, infidelidades ou colocar a culpa em outras pessoas, concentre-se em ver o que não funciona na relação e se isso tem solução. Se a pessoa fizer a pergunta: “Fulano(a) me trai? ” Deve-se ter muito cuidado com a resposta, principalmente se for uma pessoa que você não conhece.
Não devemos diagnosticar doenças através do Tarot, pois isso fica a cargo exclusivo dos médicos. Caso o Tarot avise sobre algum problema, sugerimos que o consulente procure um médico.
Se o consulente perguntar por uma terceira pessoa, não devemos realizar a consulta sem a permissão da mesma. Podemos, sim, perguntar acerca da relação do consulente com ela e como suas ações o afetam, seja de forma direta ou indireta.
Ficarão expressamente fora de nosso trabalho atos tais como: realizar trabalhos de magia, amarração, separação ou união de casal, etc.
Havia uma página com o código em português, porém foi retirada do ar.
Segue a página oficial Código Ético del Tarot (em espanhol) – http://www.eticaytarot.com/